sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

sobre a escrita



















“Às vezes só me faltava eu”
22 Janeiro 2009

Quem escreve passa a vida a procurar razões para a escrita, lógicas para este impulso, e argumentos que expliquem por que raio, em vez de dormir ou ler, em vez de ver um filme ou dançar, nos sentamos a escrever. Qualquer pessoa que faz da escrita modo de vida sabe que o mais fácil é complicar, elaborar, encontrar razões dentro e fora da razão. O meu pai passou-me uma frase que o guiou nos 56 anos que viveu: “difícil, meu filho, é escrever pouco”.
Se ele aqui estivesse, eu agora respondia-lhe: “pouco, meu pai, só sei escrever quando estou muito inspirado. No resto dos dias, limito-me a escrever”.
Mas na verdade o que eu muitas vezes queria era também perceber porquê.
Hoje fui ajudado. No dia em que o seu blog fez um ano de vida, Patti aproveitou para perceber a lógica dos seus impulsos, a razão da sua escrita:
“Escrever não será nada mais que isto. A forma que sem saber, encontrei de estar mais tempo comigo. Às vezes só me faltava eu”.
Vou juntar esta ideia às que fazem companhia à frase inicial do meu pai. Gosto de coleccionar pensamentos bons.

(retirado do blog de Pedro Rolo Duarte)

Gostei!!!
(imagem retirada da weeb)

4 comentários:

Eduardo Miguel disse...

- Parabéns... você conseguiu!!! me fez chorar, sentir a emoção e feleicidade em suas palavras, em riscos de palavras que levadas ao vento do mundo virtual chegaram ao outro lado oceano, um outro mundo e as verdades não mudaram, vida é sim verdadeira, intensa e magnifica se descoberta como tú fiseste aqui em tuas palavras, de teu pai proferidas em tua boca digitadas por teus dedos gerados por ele em fusão com outra vida, continuação somos eles, eles serão nós nós devemos, podemos você decifrou o por que escrever!!!
- Parabéns mui petit e tão grande, lindo, lindo lindo...

muipiti disse...

As palavras não são minhas , como de resto refiro no fim do texto ( a mensagem foi retirada do blog de Pedro Rolo Duarte, jornalista)apesar de as subesvrever inteiramente!

Virgínia disse...

Que verdade...!!

Eduardo Miguel disse...

- Faço das suas as minhas palavras, emoções a se repitir e as vezes há tanto a dizer e o texto reduzido ainda assim impira outros em nós, de quem são as palavras? as emoções, de quem é a terra ou as vidas nela contida?
- As palavras se vão ao vento tal como folhas secas e mortas que a voar repousarão em algum lugar donde irão adubar vidas outras, palavras são como as tais folhas a voar sem sabermos onde irão parar, tais como nossos sonhos as folhas, as palavras e os desejos viajam por terra e folhas de papel que não são nossos, o superlativo desta estreita relação em total subjetividade nos atordoa e confunde!!! mas tenha certeza nada é de ninguém nesta que é a efêmera vida para onde desnudos viemos e assi, partiremos sem nada levar... triste??? não parte de uma certeza que a vida nos dá e para os que entendem pé no chão, humildade do agir, sabedoria no decidir, prudencia ao se perguntar ou decidir, palavras são só palavras...
- Muipeti é o tempo que passa a voar, velocidade impede as vezes de prestar atenção ao caminho ou as pessoas como tú!!! atenta, observadora e com todas as necessárias condições para proferir qualquer palavra, esprimir qualquer destes sentimentos aqui colocados ou até qualquer uma das pretenças qualidades daquele texto, reconheço humildade na intenção mas observo grandeza e a nobreza do á tempo justificar só quero dizer-lhe que as palavras deles também é nossa se emoção tocar em tradução nossa, do Brasil beijos em tua alma de luz e generosidade...

Desculpe-me as muitas palavras!